Saturday, December 13, 2008

A NOVA CONCEPÇÃO CRISTIÂNICA

A NOVA CONCEPÇÃO CRISTIÂNICA
(O rompimento das barreiras denominacionais)


Trabalho apresentado segundo as exigências da disciplina do curso básico de Metodologia Científica da Faculdade Evangélica de Teologia (Seminário Unido), sob a orientação do Prof. Lola Ndofusu.

FACULDADE EVANGELICA DE TEOLOGIA (SEMINARIO UNIDO) Rio de Janeiro – 2001

SUMÁRIO


INTRODUÇÃO

1.- EM DIREÇÃO À UNIDADE CRISTÃ

1.1. Ponto de vista da missão
1.2. Consciência da responsabilidade social
1.3 Criação do Conselho Mundial de igrejas

2.- O DIÁLOGO INTRA RELIGIOSO

2.1. Definição
2.2. Visão e entendimente comum

3.- O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO

3.1 A importância do diálogo inter-religioso
3.2 O propósito do dialogo inter-religioso
4.- A NECESSIDADE DE DESENCADEAR A BÍBLIA

4.1 Elucidar com clareza a Bíblia
4.2 A atitude que devemos assumir nos Últimos Dias
CONCLUSÃO



INTRODUÇÃO


O propósito deste trabalho é de mostrar a tendência histórica da unificação do Cristianismo que esta acontecendo dentro do processo da mondialisação. O desenvolvimento científico e econômico transforme o mundo em uma esfera cultural mundial. As facilidades de transporte e comunicações reduze as distâncias entre as pessoas de diferente raças, nacionalidades, culturas, religiões e denominações.


1.- EM DIREÇÃO À UNIDADE CRISTÃ

1.1 Ponto de vista da missão

Com a entrada do século XX, os missionários protestantes começaram a perceber que as divisões na Igreja cristã eram, cada vez mais, uma pedra de escândalo, um verdadeiro tropeço para que os não-cristãos aceitassem o evangelho cristão. Essa experiência dolorosa do testemunho dividido do Deus-Comunidade motivou muitas igrejas evangélicas da Europa e dos Estados Unidos a se aproximarem cada vez mais uma das outras. A direção para o futuro do Cristianismo é de promover a cooperação de todas denominações para que o mundo acredita e cumpre a oração de Jesus em João 17.21, que toda a humanidade seja um com Jesus e Deus são Um.

1.2 Consciência da responsabilidade social

Uma segunda experiência motivou essa busca de reconciliação foi a tomada de consciência da responsabilidade social das igrejas cristãs, as necessidade de juntar nossos esforços para melhorar as condições de vida dos mais pobres, de construir um Mundo de Paz começando a través do exemplo da Paz entre as denominações cristãs .

1.3 Criação do Conselho Mundial de Igrejas

Para facilitar e dinamizar esse esforço de reconciliação, foi criado, em 1948, o Conselho Mundial de Igrejas, que reúne, hoje, mais de 300 igrejas protestantes, ortodoxas e pentecostais de todos os continentes. A Igreja Católica Romana participa oficialmente de algumas de suas atividades. Um dos frutos mais notáveis desse esforço é o Conselho Latino-Americano de Igrejas – CLAI. Fundado em 1978, ele se compõe de mais de cento e cinqüenta igrejas evangélicas e pentecostais. E, no Brasil, a criação, em 1982, de um Conselho Nacional de Igrejas Cristas – CONIC .


2.- O DIÁLOGO INTRA-RELIGIOSO

2.1 Definição

No diálogo, cada participante deve ouvir o outro com o máximo de abertura e simpatia, numa tentativa de entender a posição do outro com tanta precisão como quem está realmente interessado, na medida do possível. Esta atitude inclui, automaticamente, a suposição de que, em qualquer momento, podemos julgar que a posição do outro seja tão persuasiva que, para agirmos com integridade, tenhamos de mudar. Significa também que, no diálogo, há um risco, a saber, de que velhas e tradicionais posições possam ser julgadas falhas.

2.2 Visão e entendimento comum

No diálogo intra-cristão do século XXI, a busca de respeito e tolerância vai permitir de desenvolver uma compreensão mútua e as denominações realizarão que eles possuem muito mais em comum que de diferencias e poderão se aproximar para trabalhar em conjunto para a transformação e salvação do homem.
O Professor Hans Kung escreveu : “Não terá paz entre as religiões mundiais sem a paz entre as igrejas Cristãs” . A harmonia e cooperação intra-cristão é necessária com papel pacificador entre nós irmãos Judeus e Muçulmanos.


3.- O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO

3.1 A importância do diálogo inter-religioso

Em razão da comunicação de massa e da mobilidade da sociedade contemporânea, experimentamos as outras religiões cada vez mais, então a necessidade de diálogo inter-religioso torna-se importante para não somente evitar tensões, mas para elevar nosso nível de compreensão e enriquecer nosso conhecimento de Deus.Da mesma forma que a Providência de Deus utilizou as contribuições políticas dos Romanos, as contribuições intelectuais dos Gregos, e as contribuições religiosas dos Judeus, 2000 anos atrás, podemos aproveitar em nosso século as contribuições que a Providência de Deus preparou através outras religiões. “Não podemos evitar, nós somos inter-conectados e inter-relacionados. Por conseqüente, cada religião não pode continuar de rejeitar de reconhecer a espiritualidade e o valor encarnado dentre as escrituras sagradas de outros religiões”.

3.2 O propósito do diálogo inter-religioso

Um dos melhores métodos para fazer crescer a consciência espiritual é aprender com os outros. O propósito primeiro do diálogo é aprender, isto é mudar e crescer na percepção e compreensão da realidade para agir de acordo com a mesma. Não para forçar o outro a mudar. Para vencer nossas limitações de doutrinas, dogmas, barreiras denominacionais e tradições culturais temos que elevar nossa visão em direção dos valores universais.
Paul Knitter faz a observação seguinte:

“Os cristãos devem dar testemunho de Cristo para a promoção do Reino. Todos os povos, todas as religiões devem conhecê-lo, para atingir o conteúdo pleno da presença de Deus na história. E aí está, o propósito e a motivação de ir até os confins da terra. Mas na nova eclesiologia e no novo modelo da verdade, admite-se que todos, os povos deveriam conhecer algo sobre Buda, sobre Maomé, etc...Isto faz parte também do objetivo e da inspiração do trabalho missionário : dar testemunho, para que os cristãos possam aprofundar e expandir seu próprio conceito da presença e do propósito de Deus no mundo. Com este mútuo testemunhar, este mútuo crescimento, o trabalho da promoção do Reino avança.”


4. A NECESSIDADE DE “DESENCADEAR A BÍBLIA”

4.1 Elucidar com clareza a Bíblia

“A Bíblia não é a verdade mesma, mas um livro de texto que nos ensina a verdade. Neste livro de texto, a maioria das partes importantes da verdade é revelada em parábolas e símbolos. Conseqüentemente, os métodos de interpretação podem diferir de acordo com o leitor. As diferenças na interpretação produziram muitas denominações. Já que a fonte das divisões denominacionais não está no homem mas nas expressões usadas na Bíblia, as divisões e contendas só podem aumentar. Por isto, não podemos esperar que as divisões e contendas entre as denominações venham a cessar, a menos que apareça uma nova verdade que possa elucidar o conteúdo fundamental da Bíblia tão claramente que todos possam reconhecê-la e concordar com ela.”

“Estas causas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai.”(Jo 16.25)

“Jesus morreu na cruz sem ser capaz de dizer tudo o que queria dizer, . por causa da descrença do povo. Como ele disse:”

“Se, tratando de causas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?”(Jo 3.12)

“Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não podeis suportar agora.” (Jo 16.12)

A “nova concepção cristiânica” será possível se achamos uma nova visão ou melhor uma nova revelação para esclarecer a Bíblia e atualizar o conteúdo que seja aceitável do ponto de vista Judeu, Cristão e Muçulmano.

“Assim, de muitos pontos de vista, deve vir uma nova verdade nos Últimos Dias.”

4.2 A atitude que devemos assumir nos Últimos Dias

“Podemos dar o exemplo de Jesus que, vindo no fim da Idade do Velho Testamento, como centro da nova providência da Idade do Novo Testamento, parecia aos crentes da Lei Mosaica ser um herege, a quem não podiam compreender. No final ele foi rejeitado por causa da descrença para com ele, e foi crucificado”.
“Por isto aqueles que, no período de transição da história, estiverem tenazmente apegados ao ambiente da velha idade e confortavelmente entrincheirados nela, serão julgados juntamente com a velha idade.”

Hoje em dia algumas denominações cristãs repitam os mesmos erros que os judeus 2000 anos atrás com pensamento estreito, intolerado, rejeitando o diálogo, apegado à algumas escrituras fora do contexto, dogmas e doutrinas. Acreditando que eles são os donos da verdade absoluta. Ser apegado a um pensamento convencional é muito perigoso e pode conduzir na direção oposta a Vontade de Deus.


CONCLUSÃO

O Cristianismo atravessou 2000 anos de história, se espalhou em muitas denominações, por causa das falhas humanas, contra a Vontade de Deus e de Jesus. Nossa Consciência e nossa responsabilidade de Cristã estão puxando-nos para quebrar as paredes das divisões. Todos somos convidados ao ecumenismo com disse o texto da capa do livro : “Diversidade e Comunhão, um convite ao ecumenismo”.

“Para que você participe da promoção da Paz, da reconciliação entre as pessoas e igrejas de tradições diferentes. Mas, por que promover a comunhão entre as pessoas de igrejas de tradições diferentes? Para que o mundo descubra que Deus revelado em Cristo está o caminho, ensinado pelo Espírito, para que a humanidade se reconcilie consigo mesma e se reconcilie com todo a criação divino.”



REFERENCIAS BIBLIOGRAFICÁS


BÍBLIA SAGRADA. Traduzida por João Ferreira de Almeida. – São Paulo:
Sociedade bíblica do Brasil, 1993
CLAI e CONIC. Dialogo. – Revista de Ensino Religioso.- N°16 – O movimento ecumênico Outubro 1999
CONIC. Diversidade e Comunhão.- www.conic.com.br .Publicações

KUNG, Hans. Christianity and the World Religions.- New-York :
Doubleday & Company, 1986

MOON, Sun Myung. Princípio Divino. – São Paulo : Associação do
Espirito Santo para Unificação do Cristianismo Mundial, 1978

NDOFUSU, Lola. Denominação Semente da Desunião. - Rio de Janeiro:
Plenitude Gráfica e Editora, 2000

SWIDLER, Leonard. Cristãos e Não-Cristaos em Dialogo.- São Paulo :
Paulinas, 1988

WORLD SCRIPTURES. Editor Andrew Wilson. – New-York :
International Religious Foundation, 1991

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