Friday, December 26, 2008

ESTUDO DO COMPORTAMENTO RELIGIOSO

ANTROPOLOGIA

ESTUDO DO COMPORTAMENTO RELIGIOSO

Trabalho apresentado segundo as exigências da disciplina de Antropologia, do curso de Bacharel em Teologia, sob a orientação do Prof. Lola Ndofusu.


FACULDADE EVANGÉLICA DE TEOLOGIA
SEMINÁRIO UNIDO - OSWALDO CRUZ - RJ- 2003


SUMÁRIO
O fato religioso
Os ritos, a visibilidade das religiões
Os símbolos
As grandes manifestações
O animismo, a primeira forma de religião
O vodu
A macumba e o candomblé
O sábado no Judaísmo
Os milagres no Cristianismo
A pratica do Islã
A peregrinação na Meca
O ideal Budista, a vida monástica
Conclusão

O fato religioso
Os ritos, a visibilidade das religiões
Cerimônias litúrgicas, ritos, procissões, peregrinações são comuns a todas as religiões. Eles marcaram o conjunto da vida social.
Os ritos religiosos são destinadas a revelar a visibilidade e a sensibilidade de noções abstratas como o poder e a glória de Deus.
A prostração simultânea dos muçulmanos durante a oração, o sinal da cruz dos cristãos, o balanceamento dos judeus durante a recitação dos textos sagrados, a utilização do incenso e da água benta, os ornamentos litúrgicos, todos esses diversos ritos só podem ser explicado através do conteúdo simbólico deles, conhecido por cada fiel.

Os símbolos
Dentre quase todas as culturas, o fogo é purificador, destruidor do mal, a luz simboliza o conhecimento, o ajoelhar ou a prostração são sinais de humildade. Mas o valor simbólico das cores muda: o branco é cor de luto no budismo e vermelho é para a felicidade, pois usada para o casamento.
As grandes manifestações
As religiões organizam grandes ajuntamentos de pessoas para fortalecer a solidariedade, mostrar a importância numérica e o fervor dos membros. Milhões de fieis reúnem-se. Os peregrinações de Kumbh Mela, na Índia para o hinduísmo, Lourdes, na França e Fátima, no Portugal para o catolicismo ou a Meca para os islamismo são manifestações importantes de fervor religiosa(1).

O animismo, a primeira forma de religião
Há muitas formas de animismo praticada pelos diversos povos de cada continentes. As vezes frangos são doados para alimentar o jacaré sagrado, outras vezes tem que orar para o espírito da árvore antes de a cortar.
Mais de 100 milhões de pessoas no mundo são de tradições animistas, mas duas ou três vezes esse numero continuam a praticar no mesmo tempo adotando uma outra religião.
É o caso da África onde os muçulmanos e os cristãos freqüentemente conservam algumas tradições animistas.

Para entrar em contato com os espíritos, há dois caminhos possíveis:
O xamã devido a um processo de iniciação difícil, geralmente hereditário, entra em contato com um ser espiritual. Seguindo rituais complicados e tomando remédios especiais, o espírito do xamã deixa seu corpo para encontrar outras entidades espirituais. É praticado nas tradições dos Índios e nos povos da Sibéria.

O animismo de possessão necessita também a intervenção de um especialista, chamado nganga, ou bruxo, usando rituais e sacrifícios consegue a fazer descer um espírito dentre um corpo de um outro adepto que vai ficar em transe e o bruxo vai interpretar a mensagem que vai se manifestar(2).

O vodu
O vodu é praticado para maioria dos Haitianos, ele é ligado ao vodu do Benin. Há 400 entidades, chamadas loa, cada uma delas tem um culto específico. O sacerdote as chama desenhando um vevé no chão, freqüentemente são triângulos ou estrelas de sete ramos. A cerimônia começa para danças para chamar o loa. A entidade desce sobre um membro já iniciado e ele entra em transe. A oferenda é apresentada para o loa, pode ser um frango, que ele vai morder no pescoço, ele vai beber o sangue para tomar a força vital.

A macumba e o candomblé
Oriunda diretamente da religião dos Yorouba do Nigéria, a macumba é muito espalhada no Brasil, o candomblé é a forma mais pura praticada na Bahia. Existem milhares de grupos cultuando no Brasil todo, quase todos os brasileiros são mais ou menos marcados para uma forma de crença ligada a essas religiões(3).

O sábado no judaísmo

O sábado, shabbat em hebraico, é o descanso de Deus e o sétimo dia da criação, é um dos fundamento da prática religiosa judaica. Dia feriado oficial no Estado de Israel, começando sexta no por do sol até sábado no por do sol seguinte. A família esta reunida, sexta a tarde vinte minutas antes do por do sol para o ritual, a mãe ascenda duas velas, recita a prece de bênção, o pão esta santificado e a família compartilha o jantar especial.
Todas as atividades são proibidas, não pode transportar nada ou fazer qualquer negócios, não pode ligar a luz, mas é possível de ligar antes de início do sábado ou de usar uma temporizador automático(4).

As milagres no cristianismo
No 11 de fevereiro de 1858, uma jovem de 14 anos teve visões da "Virgem", que se repetiram 18 vezes, chamando a atenção de mais 20 000 pessoas que chegaram desde a segunda semana. Uma fonte de água sagrada apareceu, uma jovem paralisada da mão foi curada. Lourdes, no sul da França, hoje receba 5 milhões de visitantes por ano, dentre eles, 80 000 doentes ou portador de deficiências físicas ou mentais. Milhares de pessoas foram declaradas curadas, mais o processo oficial pelo reconhecimento autenticado do milagre é muito rigoroso, só 2000 foram confirmados pelos médicos e 65 pela hierarquia católica(5).

A pratica do islã
O muçulmano adulto deve fazer oração cinco vezes por dia, no chamado do muezzin, o amanhecer, no meio-dia, a tarde, no por do sol e a noite. Todo ano no nono mês lunar toda a comunidade pratica o jejum, do amanhecer até o por do sol. O jejum é obrigatório para todos os adultos, são dispensados, os doentes e as mulheres grávidas. O ramadan é um mês sagrado, um período de confraternização à noite enquanto o jejum é quebrado.

A peregrinação na Meca
Todo muçulmano deve ir em peregrinação na Meca uma vez durante sua vida adulta, é necessário uma pureza espiritual, os homens vão de cabeça não coberta, vestem dois pedaços de tecido branco sem costura e sandálias.
O peregrino toca a pedra preta da Kaaba, roda sete vezes ao redor, vai beber na fonte Zamzam, anda sete vezes entre os montes Safa e Marwah, fica uma noite meditando no monte Arafat, perto da cidade e vai apedrejar sete vezes uma pedra simbolizando o diabo. A peregrinação inclua uma visita a Medina, onde fica os túmulos do Profeta e dos grandes califas. A Meca receba cerca de 3 milhões de visitantes por ano(6).

O ideal Budista, a vida monástica
Para fugir das ilusões do mundo e seguir sem fraqueza os ensinamentos do Buda. Mosteiros foram fundados. Os monges devem memorizar e obedecer a 227 regras. A vida comunitária implica de nega toda propriedade individual. Os monges só podem ter nove objetos deles: três vestidos, um barbeador, uma agulha para costura, um pote para água, uma tigela para pedir comida e um leque. Eles devem permanecer solteiros.
Desde nove anos, é possível de entrar no mosteiro, o monge recebe um nome novo, significando uma nova existência.
Os monges devem pedir a comida com os fiéis. Vestidos de cor safran, eles saem em grupos dois horas antes do amanhecer com a tigela. O fiel vai doar a comida acreditando que ele vai receber méritos em vista de uma reencarnação melhor, é o bonze que da um serviço, ele não precisa agradecer para o que ele recebe. O monge deve terminar a única refeição do dia antes das 11 horas da manha.
Na Tailândia os jovens passam uma parte dos feriados escolares para se iniciar a vida monástica. Todo ano, milhares de jovens experimentam a vida comunitária, ficando dentre um dos 20 000 mosteiros da Tailândia, aonde permaneçam 150 000 monges de longo prazo(7).

Conclusão
A abertura recente para as outras culturas ainda não mudou os hábitos dos países, a religião mesmo se perdeu sua influência social, marcou profundamente a população que fica apegada a muitas tradições de natureza religiosa, mais não vivência com uma expressão de crença.
As religiões que louvaram o mesmo Deus, pregando o ideal de amor entre os homens, riscam de perder a credibilidade se eles não conseguem a estabelecer um diálogo(8), uma forma de cooperar e tomar responsabilidade para resolver os problemas de violência dentre um Conselho das Religiões Unidas que complementara as Nações Unidas que atuam só no lado político.


NOTAS:

[1] MALHERBE, M. - Les religions - p. 16

[2] Op. Cit. p. 10

[3] Op. Cit. p. 11

[4] Op. Cit. p. 29

[5] Op. Cit. p. 51

[6] Op. Cit. p. 85

[7] Op. Cit. p. 113

[8] Op. Cit. p. 150


BIBLIOGRAFIA

MALHERBE, Michel - "Les religions" - Collection Repères pratiques - Paris - Editions Nathan - 2002.

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