Thursday, August 6, 2009

Sobre o Livro de Gênesis, Bereshit (parte 1)

INTRODUÇÃO

Segundo dizem os rabinos, se uma pessoa conseguir entender os quatro primeiros capítulos do livro de Gênesis, Bereshit em hebraico, ela será capaz de desvendar os segredos do Universo(1). Gênesis contém a história da Criação do Universo e o início da história da humanidade que começou errada. Mas até hoje os teólogos e os estudiosos das religiões não têm uma interpretação do Criacionismo reconhecida pelo mundo científico, e todo ser humano continua perguntando:

Por que Deus criou o Universo? Qual é a origem do ser humano? Por que existe o mal se Deus é a fonte da bondade absoluta? Por que devemos morrer? Para onde vamos depois?

Se acreditarmos realmente que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, então teremos que restaurar ou voltar para o estado original antes da queda conforme está escrito no primeiro capítulo, quando tudo era muito bom no paraíso do Jardim de Éden.

Há segredos ainda ocultos na Bíblia, que entenderemos somente quando vier o Espírito de verdade. É necessário que o leitor esteja disposto a ler com a mente aberta, livre de conceitos pré-formados, fixados e estabelecidos pelas doutrinas do passado. É por isso que Jesus disse: “o vinho novo deve ser posto em odres novos, e ambos juntamente se conservarão.”(2)

O leitor sincero e interessado por uma nova visão poderá descobrir uma relação profunda com o Criador. Um dos segredos mais bem guardados encontra-se no capitulo três, que relata o começo do mal e a expulsão do homem do Jardim do Éden. O homem não conseguia mais encontrar o seu caminho de volta, mesmo depois da vinda do Messias Jesus, que veio como o novo Adão para restaurar a falha do primeiro Adão.

Sendo Deus um ser de amor, criador de uma natureza e universo perfeitos, com certeza deve ter acontecido uma falha muito grande no Jardim de Éden para explicar o tamanho da maldade existente no ser humano(3). Os rabinos e os estudiosos da Tora não conseguiram interpretar “o tremendo mistério” da “árvore do conhecimento do bem e do mal” , e por conseqüência disso a falha de Adão no Jardim não foi bem entendida pelo judaísmo milenar.

Quando Jesus, o Messias, veio para restaurar o homem banido do Éden, os sacerdotes, os escribas e João Batista não foram capazes de entender a sua missão, e por isso Paulo lamentou a ignorância do povo que crucificou Jesus, dizendo: “a sabedoria de Deus, oculta em mistério... nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória” (4). Devido à descrença do povo, Jesus encerrou a sua vida terrena na cruz sem ter tido a oportunidade de dizer tudo o que queria dizer: “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”(5). A segunda vinda tornou-se necessária pois a missão de restaurar o Éden não foi realizada naquela época.

O estudo profundo da primeira lei (Gn 2: 16-17 - a lei da porção de responsabilidade humana durante o período de crescimento) revela que o plano de salvação pela morte na cruz foi na verdade o plano “B” secundário, e que havia antes um plano “A” primário, “a obra de Deus: que creiais naquele que ele enviou.” Esta obra não foi realizada em virtude da descrença do povo judeu.

O apóstolo Paulo, seguidor da Tora, reconhecido com um dos pilares fundadores do cristianismo, forneceu quase um terço das escrituras do Novo testamento. Ele influenciou diretamente as doutrinas cristãs com a sua visão tradicional de bom fariseu, ensinou e escreveu suas cartas que se tornaram as crenças do cristianismo até hoje. Sua conversão aconteceu na ocasião da visão do espírito de Jesus ressuscitado. Como o seu conhecimento prévio a respeito dos ensinamentos de Jesus era limitado, mediante os testemunhos de outros seguidores e a inspiração do Espírito Santo. Continuando a crença da Antiga Aliança, “sem derramamento de sangue não há remissão dos pecados”. Os discípulos e ele acreditaram que o sacrifício de Jesus era a vontade predestinada do Deus todo poderoso.

Para chegar a esta conclusão, o Reverendo Sun Myung Moon lutou durante muitos anos contra milhares de espíritos malignos na terra e no mundo espiritual. Ele foi então capaz de revelar os segredos do Céu, graças a uma comunhão com Deus, um encontro com Jesus, e com o apoio dos santos no paraíso.

Não é nada fácil vencer os preconceitos, e é necessário para isso um tempo de discernimento e amadurecimento. É preciso cultivar um coração humilde, e buscar através da oração a intuição espiritual, o sentimento no coração e o entendimento na razão.

[1] SHULAM Joseph. A Tora. Belo Horizonte: AMES, 2006 pág.13
[2] Lc 5, 38
[3] GUIMARAES Marcelo. Investindo agora lucrando sempre. Belo Horizonte: AMES, 2006,
pág. 50
[4] I Cor. 2, 8
[5] Jo 16, 12

2 comments:

  1. interessante ...
    queria obte mais
    informção sobre o principio
    se pode me add jeffersolost@hotmail.com
    ou envia po e-mail ..
    agradeço !!!
    t+ ...
    :)

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  2. http://www.familias.org.br/teologia-da-unificacao.html

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