Thursday, February 25, 2016

Preparação para a Segunda Vinda do Cristo


O Pr Gary Ham pregou sobre "O Sacerdócio do crente" na Igreja da Paz de Santarém, em Dez 2015, baseado no versículo em Dt 10: 8.
Ele começou para lembrar que o momento mais importante da historia de toda a humanidade é a Segunda Vinda de Jesus Cristo, é o evento o mais esperado e preparado por Deus, os anjos, os santos no mundo espiritual e todos na Terra e no Céu estão numa grande expectativa para este evento cósmico. 

Segue o comentário que deixei no Youtube:

Excelente pregação cheia do Espirito Santo...!!! Infelizmente os cristãos de hoje na grande maioria não estão bem preparados...

Da mesma forma que os Israelitas e os líderes da época de Jesus falharam a reconhecer Jesus como Messias. (Mt 11: 3);

as doutrinas convencionais elaboradas ao longo dos séculos a partir de varias interpretações, desde Paulo que não conhecia Jesus pessoalmente, passando para sucessões de teólogos e
pensadores... Vão ser um grande obstáculos e dificuldades para aceitar a "Volta de Jesus" ...

Precisamos além de praticar todos os pontos que Pr Gary pregou, cultivar um coração humilde e buscar a inspiração Divina ...


que é a preparação essencial para entender e saber interpretar como acontecerá Ap. 19: 7; 21: 1 e 22: 14... 


Saturday, February 7, 2015

Célula ou Home Group de sucesso

 1a Conferência interna da visão do MDA – 29 a 31 de Jan 2015
Igreja da Paz – Barueri
Célula de sucesso
Participar de uma célula ou home group, onde o Amor de Deus é o centro da reunião, é sensacional! Líderes, auxiliares, anfitrião e os membros da célula estão sempre empolgados e motivados numa atmosfera de fé e alegria, conduzem a reunião de maneira prática e simples aonde o amor de Deus vai envolvendo a todos, e faz com que os visitantes queiram voltar sempre.
Reconhecemos que não há regras para desenvolver a célula, não podemos sistematizá-la, queremos que o Espírito de Deus fique livre para agir quando e como Ele quiser. Ao mesmo tempo queremos dar algumas boas sugestões que irão lhe ajudar a organizar sua célula. (Duração de 1h30 min, incluindo a confraternização).
1.        Preparo prévio do ambiente da célula (Iluminação, cadeiras em círculo, portão e portas
abertas, animais presos);
2.     Recepcionar bem, membros e visitantes (atender todos de forma extremamente
amistosa e extravagante);
3.        Escolha adequada do louvor;
4.     Descontração/Quebra-gelos (brincadeiras, e perguntas abertas/ fechadas reflexões);
5.        Estudo da palavra (é necessário que o líder esteja preparado para ministrar na célula); Desenvolver a Folha de estudo com simplicidade, deve ser feito através das perguntas e com tempo máximo de 25 minutos, não falar outro assunto;
6.     Testemunho (incentivar as pessoas a verbalizarem o que Deus tem feito através da
célula e no discipulado. Pode aproveitar o momento da visão)
7.     Repassar a visão com entusiasmo, pelo menos uma vez no mês; Em toda reunião da
célula deve-se falar a respeito da multiplicação.
8.     Oração pelos 3 Natanaéis (festa dos Natanaéis mensal - João 1:43-51); Oração por   
       necessidades individuais (cura e libertação e aplicar o "Uns aos outros". Líder, não
       tenha medo do silêncio. Pedidos de Oração)
9.        Encerramento (pode tocar um louvor e orar pelo assunto da palavra);
10.     Quilo do Amor;
11.  Barnabear/Comunhão (É muito importante evitar uma atmosfera de "panelinha" ou
"rodinhas" exclusivas entre os irmãos, pois isso pode constranger os novos convertidos
e os visitantes, devemos dar atenção a todos indistintamente.
Obs: 40% da Comunhão acontece na célula, e 60% acontece fora da célula (isto inclui manhãs alegres, esportes, retiros, excursões, trilhas, aniversários, etc.).
12.  Tempo - Ficar com gostinho de quero mais. A Célula deve acontecer em 1:30 minutos

        Matéria baseada e adaptada do relatório do Líder da Rede Azul – 154 células       

        Boa Célula!                      http://tinyurl.com/nupucak

Tuesday, January 6, 2015

As Células de Evangelização e o Crescimento da Igreja

As Células de Evangelização e o Crescimento da Igreja



Autor: Pierre-Alain Giffard (Ph.D.) é um pai de família, especialista na organização pastoral das igrejas para incentivar o crescimento. Ele trabalha para a Diocese de St. Boniface no Canadá como Diretor de Serviços Pastorais.
           
As Células de Evangelização são um dos fatores que promovem o maior crescimento da Igreja[1]. Mas o que são células de evangelização? O que as distingue dos pequenos grupos na Igreja? Como as estabelecer? O documento, sob a forma de "perguntas mais frequentes" responde a estas perguntas e apresenta vários princípios subjacentes a esta estrutura da igreja.

    1)      O que é uma célula de evangelização?

Uma célula é um grupo de 6 a 16 pessoas que se reúnem em casa, a fim de discipular novas pessoas, para socializar e confraternizar, para crescer espiritualmente e para treinar facilitadores e líderes. O objetivo do grupo é crescer e multiplicar-se. Sua missão inclui  diferentes funções:

      1)      Evangelismo: a primeira função da célula é o compromisso de proclamar o evangelho e o Princípio Divino[2]. Seus membros procuram alcançar as pessoas da comunidade que não são cristãs ou indiferentes à fé. Eles permitem-lhes a descobrir o Evangelho e convidá-los a participar da célula, onde eles estão, no momento certo, convidados a acolher o Cristo.

      2)      O crescimento espiritual dos membros: Ao mesmo tempo em que buscam conhecer e amar a Cristo no meio deles, os membros da célula estão trabalhando para seu próprio crescimento espiritual através da leitura diária da Palavra de Deus e a oração.

      3)      A participação na missão: Os membros de uma célula discernem os dons das pessoas que se juntam ao grupo e oferecem atividades missionárias, tanto na comunidade cristã, ou outro movimento, uma atividade caritativa, etc. Os convertidos são estimulados a comunicar a Boa Nova ao redor deles (oikos).

      4)      Multiplicação: O Facilitador[3] de uma célula incentiva os membros do grupo para constituírem a sua própria célula e os capacita nesse sentido. Quando uma célula cresce, multiplica-se para formar um novo grupo.





[1] Esta afirmação baseia-se na pesquisa do Movimento para o crescimento da Igreja, que, como o próprio nome sugere, estuda os fatores que promovem o crescimento das comunidades cristãs. Este movimento é composto por um conjunto de profissionais e teólogos de várias denominações cristãs, que estudam os elementos que promovem o desenvolvimento das igrejas.
[2] O Evangelismo tem como objetivo a fazer nascer no coração do não-crente, do indiferente ou de um membro de outra religião, um interesse no Evangelho e no Princípio Divino, então, ajudar a fazer uma escolha, para tomar uma decisão firme no que diz respeito de Cristo. Esta opção para a fé é através da ação do Espírito Santo e da proclamação da Boa Nova. O testemunho leva à conversão inicial é a adesão a Cristo e o desejo de andar em seus passos.
[3] Há vários nomes para designar a pessoa responsável pelo grupo que seja facilitador, líder, pastor, etc. As próprias células podem ter nomes diferentes: células de evangelização, pequenos grupos, igreja do lar, Home Grupo etc.

Tuesday, February 25, 2014

O Que é o Discipulado Um a Um?

O discipulado um a um, como o Espírito Santo tem mostrado ao Pastor Abe, é uma das grandes revelações para a nossa geração. O poder transformador dos dois envolvidos, do discípulo e do discipulador. É o instrumento mais poderoso que conhecemos para gerar uma igreja crescendo em quantidade e em qualidade. 

Saturday, January 4, 2014

Deus anima Abrão e promete-lhe um filho

Deus anima Abrão e promete-lhe um filho

Gênesis 15: 5 – 6 - Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.
E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça.

Quando Abraão se tornou um errante, ele estava miserável, viajando sem rumo com sua família no deserto. No entanto, sob aquelas circunstâncias Deus lhe deu esta bênção: "Conta as estrelas, se você é capaz de contá-las. Assim será a tua descendência." Só um louco ou um homem de aventura poderia aceitar essa bênção e sustentar sua fé. Abrão sofreu muito, quase perdeu sua esposa e todos os seus bens e parentes para o Faraó, no Egito. No entanto, ele nunca, nunca desistiu de sua fé e de acreditar na bênção de Deus. Nada poderia mudar a sua convicção, e ele viveu plenamente essa convicção, em última instância, recebendo a bênção prometida de Deus. Qualquer um que apenas se senta e espera por Deus para cuidar de tudo, nunca irá encontrar a bênção de Deus.[1]

Versos 9 ao 11: E disse-lhe: Toma-me uma bezerra de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho.
E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu.
E as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava.

A história revela que o sangue deve ser derramado sempre antes de uma oferta pode ser feita para Deus. Portanto, tudo o que era sacrificado era morto e cortado pela metade, para garantir que a parte que representava o bem foi separada da parte que representava o mal a fim de que Deus possa reivindicá-la. Você já sabe que as ofertas de Abraão eram uma novilha, um carneiro e um bode que foram cortados ao meio e as aves não foram cortadas.

No ideal da criação nenhum derramamento de sangue deveria ter sido necessário, mas por causa da Queda que introduziu o sangue de Satanás, o derramamento de sangue foi necessário, a fim de restaurar a posição original. É por isso que vemos ao longo da história sacrifícios foram ofertados matando animais.

Ao instruir o homem a derramar o sangue de animais, Deus poderia começar a restaurar o homem, sem derramamento o sangue dos homens. Esses sacrifícios serviram como uma condição, o mais importante era a separação, ou purificação da oferta do domínio satânico, que é o propósito de restauração. O cordeiro é o símbolo da obediência e a pomba é o símbolo da paz, por isso esses animais foram selecionados. O sumo sacerdote é aquele que mata esses animais, e para que essa oferta seja uma condição válida e aceitável, eles têm que ser completamente obediente ao sacerdote.[2]

Versos 12 e 13 - Ao pôr do sol, Abrão foi tomado de sono profundo, e eis que vieram sobre ele trevas densas e apavorantes.
 Então o Senhor lhe disse: "Saiba que os seus descendentes serão estrangeiros numa terra que não lhes pertencerá, onde também serão escravizados e oprimidos por quatrocentos anos.

Porque Abraão não cortou a pomba em dois como devia, aves de rapina desceram e invadiram a oferta. Como resultado de seu erro, os israelitas foram destinados a entrar no Egito e sofrer aflições por quatrocentos anos. Por que foi um pecado não cortar as aves ao meio?

Investiguemos primeiramente a razão pela qual Abraão foi instruído para cortar as ofertas ao meio. A Providência da Salvação de Deus aponta na direção da restauração da soberania do bem, primeiramente dividindo o bem e o mal, e depois, destruindo o mal e exaltando o bem. Esta é a razão pela qual Adão foi dividido em Caim e Abel antes que a oferta pudesse ser feita. Esta também é a razão pela qual, nos dias de Noé, Deus pretendia destruir o mal através do julgamento pelo dilúvio, e preservou a família de Noé como sendo do bem. Deus pediu para Abraão cortar as ofertas ao meio antes de oferecê-las com a intenção de realizar a providência simbólica de separar o bem e o mal, que havia sido deixada incompleta por Adão e Noé.

Por que não dividir a oferta foi um pecado?

Primeiramente, 
não dividir a oferta tinha como significado não dividir Caim e Abel. Sem dividir, a oferta não poderia ser aceita por Deus porque não fornecia um parceiro-objeto de tipo Abel que Ele pudesse tomar para Si. Conseqüentemente, o erro que Caim e Abel haviam cometido em suas ofertas não foi restaurado.

Segundo: não dividir a oferta significou a repetição da falha da Providência no tempo de Noé, quando o bem e o mal permaneceram juntos, apesar do dilúvio. Como a família de Noé, Abraão também falhou na divisão da oferta, privando Deus de Seu parceiro-objeto do bem. Assim, repetiu o erro que causou a falha na Providência do dilúvio.

Terceiro: não dividir a oferta significou que não havia condição simbólica para separar o reino da boa soberania de Deus do universo sob a má soberania de satanás.

Quarto: porque o sangue da morte não foi retirado da oferta, e não dividi-la significou que esta não podia ser uma oferta santificada aceitável a Deus.

Em outras palavras, quando Abraão ofereceu as aves sem primeiramente tê-las dividido, significou que ele ofereceu algo que não havia sido retirado da posse de satanás. Seu erro teve como efeito a reivindicação da posse das ofertas por parte de satanás.[3]

O erro de Abraão ao fazer a oferta simbólica permitiu a invasão da mesma. Todas as condições que Deus pretendia restaurar através da oferta foram perdidas. Como consequência, os descendentes de Abraão tiveram que sofrer opressão e escravidão por quatrocentos anos no Egito. Investiguemos a razão desse fato. 

Deus chamou Abraão e ordenou que fizesse a oferta simbólica como a conclusão do período de quatrocentos anos para a separação de satanás. Este período havia sido estabelecido para restaurar por indenização as dez gerações de Adão até Noé, e o período de quarenta dias do julgamento pelo dilúvio, perdidos para satanás devido ao pecado de Cam. Era também o período de indenização necessário para estabelecer Abraão como o pai da fé depois que ele completasse a oferta simbólica.

Quando o erro de Abraão na oferta simbólica permitiu a satanás reivindicar a oferta como sua, esse período de quatrocentos anos também foi perdido para satanás. Para re-criar em nível nacional a situação anterior ao erro de Abraão na oferta simbólica, que correspondia à situação de Noé quando foi chamado para construir a arca, Deus estabeleceu um outro período de quatrocentos anos para a separação de satanás. Durante aquele período, os israelitas estiveram como escravos no Egito. Suportando aquela situação durante todo o período, os israelitas deviam restaurar — desta vez em nível nacional — as situações de Noé e Abraão no início de suas missões como pais da fé, como também estabelecer o fundamento para Moisés iniciar sua missão. Assim, o período de escravidão no Egito foi o tempo em que os israelitas foram punidos pelo erro de Abraão e também o tempo em que estavam estabelecendo o fundamento para cortar sua ligação com satanás e começar a nova providência de Deus.[4]



[1] MOON Sun Myung -  O Caminho da Religião e a Vontade de Deus- Discurso – 24 de Abril de 1977
[2] MOON Sun Myung – O Dia da Criação – Discurso – 6 de junho de 1978
[3] Exposição do Princípio Divino - Pag. 231-232
[4] Exposição do Princípio Divino - Pag. 233-234

Abrão volta do Egito

Abrão volta do Egito

Gênesis 13: 1-18 – Abraão volta do Egito e se separa de Ló. Abraão estava caminhando pela fé, sendo guiado por Deus. Disse o Senhor a Abraão: “farei a tua semente como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, também a tua semente será contada... e edificou ali um altar ao Senhor.

Guerra de quatro reis contra cinco

Gênesis 14: 1-17 – Reinos daquele lugar guerrearam entre si. Ló é levado cativo. Abraão enviou 318 guerreiros para resgatar seu sobrinho.

Melquisedeque abençoa Abrão

Gênesis 14: 18 -20 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.

Melquisedeque, em hebraico, é um nome formado pela palavra Malqui – meu Rei – e Tsedec – Justiça. Ele é o Rei de Salém – Shalom – que significa paz, hoje, Jerusalém. Ele era também um Côhen – sacerdote. Ele é um Rei sacerdote da Justiça e da paz, prefigurando o Messias. Yeshua é chamado de sumo-sacerdote da ordem de Melquisedeque (Hb 7:17). O primeiro dízimo foi dado por Abraão a Melquisedeque, é um estatuto de Deus, que aparece antes da Lei mosaica.[1]



[1] GUIMARAES Marcelo. A Torah. Bereshit. Belo Horizonte: AMES, 2006, pág. 91

Tuesday, December 31, 2013

DEUS CHAMA ABRÃO

DEUS CHAMA ABRÃO

Gênesis 12 - Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. (2) E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. (3) E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Do ponto de vista humano é muito difícil entender como Deus trabalha. Com tais instruções implausíveis, Deus testou a fé do homem que ele havia escolhido como seu campeão. Deus chamou Abraão, filho de um fabricante de ídolos, e ordenar-lhe: "Sai-te da tua casa!" Deus não permite nenhum compromisso. Deus toma uma posição onde o mal tem que ser totalmente negado. De nenhuma outra maneira o bem pode começar.

Deus disse que vai começar uma nova história, em que nenhum elemento do mal permanecerá. Deus exige uma resposta completa do homem. Aqueles que seguem a orientação de Deus devem começar a partir da negação absoluta do mundo do mal. É por isso que Jesus Cristo ensinou: “Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará.” (Mat. 10:39) Também ele falou: “...os inimigos do homem serão os da sua própria família.” (Mat. 10:36)

Você pode perguntar, que tipo de mensagem é essa? Este é o caminho de Deus, de escolher o seu próprio povo e colocá-los em uma posição onde eles serão rejeitados pelo mal. Caso contrário, seu campeão não pode fazer nada de bom para Deus. Do ponto de vista do padrão de Deus, então, os cristãos modernos têm tido um tempo muito fácil. Isso é muito estranho, porque não há nenhuma maneira fácil indicada na doutrina cristã. Eu me pergunto quantos cristãos são realmente sérios quanto a seguir o caminho de Deus? A exigência de Deus é absoluta. Ele não permite meio termo.[1]

A palavra Lech lechá, em hebraico, significa “Va! Anda!” É um imperativo, uma ordem. Abraão, quando chamado obedeceu, e partiu sem saber para onde iria, rumo ao desconhecido, sem retorno. Por isso, Abraão era chamado de “Hebreu”, Ivri em hebraico, que significa aquele que cruza, que atravessa, chegando a uma outra margem.

“Bênção”, em hebraico é Bracha e vem do verbo Barach que significa “abençoar”, “bendizer”, “louvar”, conceder poder a alguém para ser bem-sucedido e próspero. Ela tem a mesma raiz de Bérech, “joelho”. Sempre que Deus encontra um homem ajoelhado, se humilhando para adorá-Lo, Ele concede a benção. A benção exige de nós um caminhar com o Eterno, é preciso edificar  
um altar onde o nosso “eu” morra, e onde nos esvaziemos e nos tornemos leves para sermos cheios do conteúdo de Deus.[2]

Gênesis 12:7Apareceu o Senhor a Abrão e disse: “À tua semente darei esta terra.” Abraão edificou ali um altar ao Senhor.

A palavra “semente”, em hebraico é zera, e no grego spermáticos. Deus queria que os descendentes de Abraão possuíssem aquele pedaço de terra, que mais tarde seria chamado de Israel. Ele entendeu que sem Deus não poderia realizar a multiplicação dessa semente, o altar, é o lugar de arrependimento, que leve à abundância.  O altar Mizbêah,em hebraico significa “porte de entrada”, “morte” ou “sacrifício”.

 Gênesis 12: 10 - E havia fome naquela terra; e desceu Abrão ao Egito... (12) E será que,quando os egípcios te virem, dirão: Esta é sua mulher. E matar-me-ão a mim... (13) Dize, peço-te, que és minha irmã... (15) e foi a mulher tomada para a casa de Faraó. (16) E fez bem a Abrão por amor dela; ele teve ovelhas, e vacas, e jumentos, e servos, e camelos. (17) Feriu, porém, o Senhor a Faraó com grandes pragas, e a sua casa, por causa de Sarai, mulher de Abraão. (18) Então chamou Faraó a Abraão, e disse: Que é isto que me fizeste? Por que não me disseste que ela era tua mulher? (19) Por que disseste: É minha irmã? De maneira que a houvera tomada por minha mulher; agora, pois eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te. (20)E Faraó deu ordens aos varões a seu respeito, e acompanharam-no a ele, e a sua mulher, e a tudo o que tinha.

Uma vez que Noé era o segundo antepassado humano, para Abraão restaurar a posição de Noé, ele também tinha que assumir a posição de Adão. Por essa razão, ele deveria fazer uma condição de indenização simbólica para restaurar a posição da família de Adão antes de poder fazer a sua oferta simbólica.

Neste sentido, a Bíblia contém o relato de uma viagem feita por Abraão para o Egito por causa da fome. Quando entrou no Egito, Abraão instruiu sua esposa Sara para se apresentar como sua irmã, pois estava com medo de que o faraó pudesse desejá-la. Abraão temia que o faraó o matasse se descobrisse que ele era o esposo de Sara. Desse modo, ao comando do faraó, Abraão entregou-lhe Sara enquanto ela estava na posição de sua irmã. Depois disso, Deus castigou o faraó, e Abraão teve de volta sua esposa, juntamente com seu sobrinho Ló e a abundante riqueza que o faraó lhe deu, e deixaram o Egito.

Sem saber, Abraão trilhou este curso providencial para fazer uma condição de indenização simbólica para restaurar a posição da família de Adão. Quando o arcanjo tomou Eva — subjugando sob seu domínio todos os descendentes de Eva e o mundo natural — Adão e Eva estavam ainda como irmão e irmã. Para Abraão fazer a condição de indenização para restaurar aquela situação, ele foi privado de Sara, que estava fazendo o papel de sua irmã, pelo faraó que representava satanás. Depois, ele teve que tomá-la de volta do faraó como sua esposa, junto com Ló e suas riquezas, os quais representavam toda a humanidade e o mundo natural, respectivamente. Uma vez que cumpriu esta condição de indenização, Abraão foi considerado apto para fazer a oferta simbólica[3].



[1] MOON Sun Myung - O Future do Cristianismo – Discurso - 28 de Outubro de 1973
[2] GUIMARAES Marcelo. A Torah. Bereshit. Belo Horizonte: AMES, 2006, pág. 85
[3] Exposição do Princípio Divino – pag. 228